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Apesar de este transtorno ou perturbação da personalidade já não constar do DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Associação Americana de Psiquiatria, 2013, o referencial teórico construído previamente em torno deste padrão de comportamento ajuda a perceber os desafios para as pessoas que padecem das respetivas manifestações, bem como para as pessoas que as circundam no quotidiano.
O comportamento passivo-agressivo é um padrão comportamental de hostilidade que visa agredir terceiros indiretamente e de forma sub-reptícia. Esse comportamento permite à pessoa exprimir sentimentos de raiva sem a verbalizar ou comunicar ostensivamente. Permite ainda à pessoa que adota tal padrão de comportamento negar a intenção de agredir.
Este padrão de comportamento é muitas vezes um mecanismo de adaptação e evitamento de confrontos. Não é evidentemente uma psicopatologia, mas pode, em determinadas circunstâncias estar relacionado com certas doenças mentais, perturbações de personalidade ou sintomas de doença mental, como a perturbação de personalidade borderline, a auto-agressividade, a anorexia nervosa ou a perturbação de ajustamento.
A pessoa passivo-agressiva, embora não seja evidentemente agressiva, pode sentir-se tão ou mais agressiva do que as pessoas que adotam comportamentos agressivos marcados ou exuberantes.
De acordo com o DSM-IV, que já não se encontra em vigor e cuja descrição do transtorno já não é cientificamente aceite, a Associação Americana de Psiquiatria detalhou o transtorno com os seguintes comportamentos:
Resistência passiva a tarefas sociais ou ocupacionais rotineiras;
Queixas de se ser incompreendido;
Argumentação mal-humorada, crítica e desprezo pela autoridade;
Inveja e ressentimento dos relativamente afortunados;
Queixas exageradas de infortúnio pessoal;
Alternância entre hostilidade e contrição.
Muitas vezes é difícil reconhecer padrões de comportamento passivo-agressivo. Isto resulta do facto de que tais comportamentos não são evidentes, ou são evidentes mas entendidos como circunstanciais, e também porque a maior parte das pessoas não está preparada para os identificar. A sua identificação é mais fácil para quem se apercebe de determinados sinais em si mesmo e não na pessoa passivo-agressiva.
Esses sinais incluem:
Saber que a pessoa tem razões para se sentir transtornada ou zangada mas não observar um comportamento coerente com tais emoções;
Sentir-se estranho após interagir com a pessoa;
Perceber uma deterioração da comunicação com a pessoa sem ser capaz de identificar a sua causa;
O comportamento da pessoa parece agressivo, mas aquela nega estar a ser agressiva ou adota comportamentos que possa negar serem agressivos;
A pessoa passivo-agressiva tem atitudes ao invés de palavras, por exemplo, chegar sempre atrasada ou ignorar os contactos da pessoa visada pela sua raiva.
Não obstante estes sinais, o comportamento passivo-agressivo é mais caracterizado pela inação do que pela ação e muitas vezes resulta de ideias vingativas que resultam de erros de percepção. Por estes motivos, o perfil de comportamento passivo-agressivo pode ser eficazmente tratado com o recurso à psicoterapia.
Atrasos constantes
O facto de se chegar atrasado a compromissos nem sempre é sinal de um padrão passivo-agressivo de comportamento. De resto, praticamente todas as pessoas já passaram pela experiência de não conseguirem chegar a horas.
Já quando a atitude de se chegar tardiamente é repetida, tal pode significar uma demonstração consciente de desrespeito por terceiros, um evitamento de situações de desconforto ou um menosprezo relativamente a alguém, dando corpo assim a um comportamento passivo-agressivo.
Evitamento
Os mecanismos de evitamento servem muitas vezes para exibir agressividade latente sem ser óbvio. Estes mecanismos incluem a procrastinação, não devolver chamadas de entes queridos, evitar certos tópicos de discussão ou simplesmente ignorar a presença de uma determinada pessoa.
Gentileza simulada
É comum uma pessoa passivo-agressiva usar uma atenção desmedida em resposta a uma omissão por parte de outra pessoa. Por exemplo, quando alguém se esquece do seu aniversário, o passivo-agressivo faz questão de celebrar efusivamente o aniversário daquela mesma pessoa, aproveitando a ocasião para afirmar que jamais se esqueceria de tal evento.
Sarcasmo
A manifestação de sarcasmo consiste em afirmar algo que não se pensa genuinamente e é um comportamento passivo-agressivo quando procura punir terceiros.
Silêncio
O tratamento de silêncio dirigido a uma determinada pessoa visa castigá-la sem fazer nada. Pode consistir em ignorar chamadas, mensagens, recusar falar sobre determinados assuntos ou deixar de aparecer durante certos períodos de tempo.
Os comentários depreciativos ou desconfortáveis para uma determinada pessoa podem ser manifestações de comportamento passivo-agressivo. Por norma são subtis ou indiretos, pois o seu autor procura evitar a confrontação aberta. Muitas vezes estes comentários revolvem em torno de eventos da vida passada da vítima, procurando diminuí-la e não a deixar esquecer.
Incompetência conveniente
O facto de evitar cuidar ou acompanhar uma determinada pessoa, alegando incompetência para tal, pode bem ser um mecanismo passivo-agressivo de evitamento de tarefas que não se pretende levar a cabo. Os exemplos mais comuns acontecem nas lides domésticas, quando um dos cônjuges alega não saber como fazer determinadas tarefas, relegando as mesmas para o outro cônjuge, que sofre assim uma sobrecarga.
No contexto de uma relação conjugal, o comportamento passivo-agressivo não se manifesta nos primeiros tempos. Ele tende a surgir a médio prazo, pois no início do relacionamento o agressor tende a responder de modo condizente com aquilo que ele julga ser as respostas esperadas de si.
Quando o agressor deixa de conseguir adaptar-se ao comportamento esperado, torna-se desafiante de um modo não confrontativo. É nesta altura que se instala uma certa desconexão entre os cônjuges e a perda de intimidade emocional.
No decurso de uma discussão entre os membros de um casal, o passivo-agressivo pode alegar que o cônjuge está a ser demasiado agressivo ou a reagir exageradamente, embora seja saudável expressar emoções, ainda que negativas, em um momento de divergência. O passivo-agressivo não compreende esta exteriorização de sentimentos e muito menos a demonstra, pois receia que o outro personalize tais comportamentos e que os leve a peito, que se ofenda. A inação do agressor pode deixar o outro cônjuge numa situação de isolamento percepcionado, confuso, duvidando da sua própria razão no assunto em discussão e sem saber como proceder.
Ao invés de avolumar a altercação, o agressor tende a empregar a lógica racional em resposta ao comportamento emocional do outro. Este mecanismo de sobreposição da lógica e da racionalidade não é genuíno, mas sim de evitamento, e não demonstra maturidade emocional da parte da pessoa que o adota.
Este comportamento de desligamento emocional da situação deixa o interlocutor em uma posição de inferioridade e de dúvidas face ao envolvimento emocional e afetivo do agressor no seu relacionamento.
A relação direta com pessoas cujo comportamento é caracterizado por atitudes passivo-agressivas é necessariamente difícil, mas há uma forma de torná-la mais produtiva no quotidiano. Podemos encontrar tais pessoas na nossa vida profissional ou coabitarmos com elas. Essas pessoas são necessariamente diferentes entre si, tal como os contextos onde lidamos com elas, sendo por isso impossível estabelecer modelos que resultem eficazmente com qualquer passivo-agressivo.
É importante antes de mais que o interlocutor mantenha uma atitude de respeito próprio e pelos seus limites, sem se submeter à manipulação exercida pelo passivo-agressivo. Deverá ser mantida uma atitude atenta aos comportamentos de evitamento e aproveitar que aconteçam para encetar uma comunicação assertiva a respeito das suas causas.
Questionar o agressor as razões de tal evitamento e da insegurança subjacente. O agressor sente-se ostracizado ou excluído de algum modo? Sente-se prejudicado ou discriminado? Sente-se que não é apreciado ou estimado? Esta comunicação aberta e proactiva pode abrir caminho a uma ligação emocional genuína que permita à pessoa passivo-agressiva estabelecer uma relação de confiança que possibilite depois uma maior franqueza e transparência nas suas relações com os demais.
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