ESPECIALIZAÇÃO MÉDICA SUÍÇA: ZURIQUE, MAIORCA, LONDRES, NOVA IORQUE

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Clinicamente editado e revisado por THE BALANCE Esquadrão
Fato verificado

O álcool é uma substância psicoativa que produz dependência nos seus consumidores e que é usada em muitas culturas há centenas de anos. O abuso de álcool acarreta um peso considerável para os sistemas de saúde nacionais e tem consequências económicas muito significativas.

Síndrome de Dependência Alcoólica

O consumo de álcool é um grave problema de saúde pública, na medida em que o seu consumo abusivo é responsável por um conjunto de doenças potencialmente fatais ou severamente inibidoras da qualidade de vida dos seus consumidores. 

Leia também sobre o coma alcoólico

Contam-se cerca de 200 doenças dos mais variados tipos em consequência direta do abuso de álcool. O abuso de álcool está ligado ao desenvolvimento de doenças mentais e perturbações comportamentais, bem como cirrose hepática, alguns tipos de cancro e doenças cardiovasculares. Foi estabelecida uma relação causal entre o consumo de álcool e a incidência de doenças infeciosas como tuberculose e VIH.

Com efeito, o consumo de álcool é responsável por 5,1% das doenças a nível global e por cerca de 5.3% de todas as mortes no planeta. No caso das pessoas entre os 20 e os 39 anos de idade, o consumo de álcool é responsável por 13,5% das mortes. O consumo de álcool por mulheres grávidas é também responsável por Síndrome Alcoólica Fetal no recém-nascido e partos pré-termo.

Verificam-se igualmente muitos problemas de dano para terceiros devido ao abuso de álcool, designadamente membros da família, amigos, colegas de trabalho e pessoas estranhas ao paciente identificado (OMS, 2023).

O consumo abusivo de álcool pode derivar na Síndrome de Dependência do Álcool, de ora em diante denominada simplesmente de “alcoolismo”. O alcoolismo existe em vários graus de severidade ao invés categoria absoluta. Para que se possa quantificar o grau de dependência do álcool, poderão ser aplicados instrumentos de análise e avaliação psicométrica.
O alcoolismo está associado ao declínio cognitivo global dos seus consumidores e impulsividade mediados por danos às regiões corticais frontais do cérebro, que monitorizam as funções de controlo comportamental. A síndrome de impulsividade associada ao consumo de álcool inclui défice de atenção, ausência de reflexividade e insensibilidade face às consequências, todas estas ocorrentes no contexto da dependência da substância psicoativa (Dwivedi et al., 2017).
Nas funções executivas neuropsicológicas afetadas pelo abuso de álcool incluem-se os domínios da planificação, abstração, mudança de atenção, flexibilidade mental e conceptualização (Khanna et al., 2017).
O alcoolismo tem maioritariamente início entre os 20 e os 30 anos de idade, e os pedidos de ajuda para tratamento acontecem somente após 10 a 12 anos de consumo e em contexto de dependência do álcool moderada a grave.

Tanto o DSM-5 como a CID-10 definem com bastante exatidão os critérios sintomatológicos que permitem diagnosticar a perturbação de uso de álcool e a dependência de álcool, respetivamente. Estes critérios permitem assim identificar a situação de dependência, ou “vício” (Witkiewitz et al., 2019).

No caso do DSM-5, os critérios são (dois ou mais no último ano):

  • Consumir mais de uma substância do que o pretendido ou consumi-la durante mais tempo do que o previsto;
  • Tentar reduzir ou deixar de consumir a substância, mas não conseguir;
  • Sentir desejos ou impulsos intensos de consumir a substância;
  • Necessidade de mais da substância para obter o efeito desejado – também designado por tolerância;
  • Desenvolvimento de sintomas de abstinência quando não está a consumir a substância;
  • Passar mais tempo a adquirir e consumir drogas e a recuperar do consumo de substâncias;
  • Negligenciar responsabilidades em casa, no trabalho ou na escola devido ao consumo de substâncias;
  • Continuar a consumir mesmo quando isso causa problemas de relacionamento;
  • Desistir de atividades sociais e recreativas importantes ou desejáveis devido ao consumo de substâncias;
  • Consumir substâncias em ambientes de risco que o colocam em perigo;
  • Continuar a consumir apesar de a substância causar problemas à sua saúde física e mental.

De acordo com a DSM-5, o grau de severidade do vídeo depende do número de critérios verificados simultaneamente. Assim, um critério verificado indica que a pessoa se encontra em risco de desenvolver dependência; dois ou três critérios indiciamento uma perturbação de uso de substâncias leve; quatro ou cinco critérios indicam uma perturbação moderada; seis ou mais critérios indicam uma perturbação de uso de substâncias severa, traduzindo uma adição à substância.

Já no caso da CID-10, a dependência verifica-se quando identificados três ou mais critérios no último ano:

  • Tolerância ao consumo;
  • Sintomas de privação;
  • Dificuldades de controlo do hábito de beber;
  • Negligência de outras atividades;
  • Tempo despendido a recuperar dos efeitos do álcool;
  • Beber apesar de problemas físicos e/ou psicológicos;
  • “Desejos”.
Alcoolismo: sintomas

O consumo continuado de álcool em excesso pode levar ao desenvolvimento de dependência, ou “vício”. Esta dependência está associada com os períodos de abstinência, ou seja, as alturas em que o dependente não consome, ou reduz significativamente o consumo da substância.

O vício consiste assim numa série de sintomas físicos e psicológicos que contribuem para o desconforto psicológico e reações físicas incómodas. Para algumas pessoas o receio de sentirem estes sintomas fomenta o consumo abusivo de álcool. Por outro lado, esta sintomatologia é a principal causa da recaída em consumos.

A propensão de um indivíduo para consumir álcool reflete um equilíbrio entre os efeitos positivos do álcool – como a euforia e a redução da ansiedade -, e os efeitos adversos da substância, como por exemplo a ressaca ou sintomas de abstinência. 

As memórias associadas a estas propriedades gratificantes e adversas do álcool, bem como as associações aprendidas entre estes estados internos e os estímulos ou contextos ambientais relacionados, influenciam tanto o início como a regulação do consumo. 

Estes fatores experienciais, juntamente com as influências biológicas e ambientais e os condicionalismos sociais, determinam a formação de expectativas acerca das consequências do consumo de álcool. Estas expectativas, por sua vez, moldam a decisão de um indivíduo de se envolver num comportamento de consumo de álcool, cuja severidade e duração temporal determinam a dimensão do vício, sua extensão e consequências de saúde (Becker, 2008).

O facto de se colocar a questão se é ou não alcoólatra pode bem ser um prenúncio de que sofre efetivamente da dependência do álcool e que necessita de tratamento. Deverá avaliar os sinais de dependência anteriormente referidos. O simples facto de beber álcool não faz de si um alcoólatra, pois alcoólatra é alguém que faz um consumo abusivo de álcool. Há, porém, determinados sinais que devem suscitar-lhe preocupação.

Um dos comportamentos que deve suscitar preocupação e eventualmente um pedido de ajuda é o facto de mentir acerca da quantidade de bebidas alcoólicas que ingere. Este fenómeno denomina-se “beber em segredo” e materializa-se na mentira reiterada acerca das quantidades ingeridas, inclusivamente a profissionais de saúde. Este comportamento deve-se ao receio de se ser julgado pelas outras pessoas. Muitos alcoólatras bebem antes de eventos sociais para poderem beber em menores quantidades quando neles se encontram. 

Outro comportamento que suscita preocupação é beber para se sentir melhor, designadamente para se estar mais à vontade em eventos sociais ou de grupo. Também é comum enveredar pelo consumo de álcool para mitigação temporária de sintomas de outras doenças, como ansiedade, depressão, stress ou uma doença mental subjacente.

Ser incapaz de parar de beber depois de começar é também um sinal deveras preocupante. Este fenómeno resulta do aumento da tolerância ao álcool que se traduz no retardamento das sensações positivas associadas ao seu consumo. Este consumo excessivo de álcool não tem que acontecer todos os dias para ser considerado preocupante.

Se tem que beber ao acordar para evitar ressaca do consumo do dia anterior, é sinal de que o vício começa a ficar fora de controlo. Este consumo matinal é habitualmente feito a sós, o que é duplamente preocupante, dado que o consumo já saiu do plano social para o plano da procura da reposição de uma sensação física de homeostase.

Um dos maiores sinais de preocupação é negligenciar responsabilidades para poder beber. Este sinal traduz um domínio do álcool sobre a vida do indivíduo, que se pode estender ao plano pessoal e familiar, mas também ao plano profissional.

Deverá constituir um sinal de preocupação o facto de beber em contextos de perigosidade, ou seja, circunstâncias que colocam o indivíduo ou terceiros em risco. Exemplo paradigmático desta situação é a condução sob efeito do álcool, ou mesmo a manobra de máquinas.

Há muitas situações em que os familiares são sabedores da situação de consumo abusivo de álcool pelo indivíduo, pelo que um sinal de alarme é o facto de os familiares exprimirem abertamente a sua preocupação junto daquele. Esta expressão pode ser feita de inúmeras maneiras, mais ou menos subtilmente, mas a mera verbalização do assunto é um sinal de que se deve procurar ajuda.

Os impactos do abuso de álcool não se verificam somente na deterioração de saúde do indivíduo, mas também na deterioração dos seus relacionamentos. É portanto um sinal de preocupação aperceber-se de que determinadas pessoas se afastam, em razão dos transtornos por estas percebidos para as suas próprias vidas em razão do seu vício.

Já foi aqui clarificado que o abuso de álcool poderá quase certamente resultar em sintomas de privação quando para ou interrompe o consumo. Estes sintomas são variados e podem ser ameaçadores da própria vida.

Um dos sinais que habitualmente causa grande preocupação aos indivíduos, sendo muitas vezes um catalisador para o pedido de ajuda, é não conseguir ser capaz de parar de beber apesar de o querer. A força de vontade, ou a falta desta, não é a razão para não se conseguir parar de beber, já que a dependência decorre de outros fatores bastante mais avassaladores. 

O tratamento do alcoolismo é multifatorial na medida em que engloba opções farmacológicas e terapêuticas diversas. Todavia, os mais eficazes modelos de tratamento são os de base cognitivo-comportamental. Estes carecem sempre da motivação do indivíduo e do reconhecimento do seu próprio problema, pois baseiam-se em intervenções psicoterapêuticas em que o indivíduo é parte interveniente dos seus processos (Carroll & Kiluk, 2017).

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Tratamento para alcoolismo

Becker HC. Alcohol dependence, withdrawal, and relapse. Alcohol Res Health. 2008;31(4):348-61.

Carroll KM, Kiluk BD. Cognitive behavioral interventions for alcohol and drug use disorders: Through the stage model and back again. Psychol Addict Behav. 2017 Dec;31(8):847-861. 

Dwivedi AK, Chatterjee K, Singh R. Lifetime alcohol consumption and severity in alcohol dependence syndrome. Ind Psychiatry J. 2017 Jan-Jun;26(1):34-38. 

Khanna P, Bhat PS, Jacob J. Frontal lobe executive dysfunction and cerebral perfusion study in alcohol dependence syndrome. Ind Psychiatry J. 2017 Jul-Dec;26(2):134-139. 

Witkiewitz K, Litten RZ, Leggio L. Advances in the science and treatment of alcohol use disorder. Sci Adv. 2019 Sep 25;5(9):eaax4043. 

World Health Organization. Reporting about alcohol: a guide for journalists. Switzerland: WHO Press, Geneva; 2023.

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