ESPECIALIZAÇÃO MÉDICA SUÍÇA: MAIORCA, ZURIQUE, LONDRES, OFFSHORE

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Clinicamente editado e revisado por THE BALANCE Esquadrão
Fato verificado

A gestação de um bebê é um tempo cheio de novas experiências, sensações, mudanças de vida e anseios quanto ao futuro próximo. A montanha-russa de emoções que se experiencia no decurso da gravidez, pode suscitar determinados estados de espírito desconfortáveis para a gestante. Para além disto, se para algumas mulheres a gravidez é uma fase de alegria e constante descoberta, para outras a gravidez é difícil, pois provoca fadiga, alterações do humor e preocupação constante.

Ansiedade na Gravidez

As perturbações de ansiedade são generalizadas na sociedade ocidentalizada e na gravidez atingem prevalência de cerca de 15% (Grigoriadis et al., 2018) com sintomatologia ansiosa a afetar uns impressionantes 23% das grávidas. 

As principais causas de ansiedade na gravidez foram amplamente identificadas na investigação científica:

  • Alterações hormonais durante a gestação;
  • História prévia de aborto espontâneo ou problemas de fertilidade;
  • Complicações durante a gravidez;
  • Dificuldades do sono.

Para além destas, outras causas podem impactar o estado de saúde mental da grávida e resultar em transtorno de ansiedade generalizada na gravidez:

  • História familiar de ansiedade ou ataques de pânico;
  • História pregressa de ansiedade ou ataques de pânico;
  • Experiência de evento traumático ou abuso;
  • Utilização de substâncias psicoativas; 
  • Síndrome depressivo; 
  • Condição de saúde dolorosa ou de longa duração;
  • Falta de apoio do parceiro;
  • Encontrar-se sob estresse adicional devido problemas relacionais, preocupações com dinheiro ou desemprego.

Dado que existem diferentes tipos de perturbações de ansiedade, a sintomatologia específica durante a gravidez também pode variar. Todavia, os sintomas mais prevalentes da ansiedade gestacional são os mesmos dos restantes transtornos de ansiedade:

  • Sentir-se frequentemente nervosa, ansiosa ou “no limite”
  • Uma sensação incontrolável de ansiedade;
  • Preocupar-se excessivamente com as coisas, especialmente com sua saúde ou com seu bebê;
  • Dificuldades para conseguir relaxar;
  • Sentindo-se inquieta e difícil de ficar parada;
  • Sentir-se irritada e agitada;
  • Sentir medo ou pensar que coisas ruins vão acontecer;
  • Incapacidade de se concentrar;
  • Dificuldade em dormir.

A grávida pode também pode sentir sintomas físicos com ansiedade pré-natal, incluindo:

  • Batimentos cardíacos acelerados e respiração rápida;
  • Tonturas;
  • Sensação de cabeça vazia ou de desmaio;
  • Falta de ar;
  • Sudorese excessiva;
  • Tensão, dor ou tremores nos músculos;
  • Sensação de dormência ou formigamento em seus membros, dedos das mãos, pés ou lábios.

Quando esses sintomas aparecem de forma rápida e intensa, a grávida pode estar tendo uma crise de ansiedade. Pessoas com ansiedade experimentam os mesmos sintomas e ataques de pânico, independentemente de estarem grávidas ou não. No entanto, quando se está grávida, as preocupações com a saúde de seu filho podem aumentar drasticamente os efeitos da sua crise de ansiedade. Esse nível de ansiedade e os efeitos físicos da ansiedade têm riscos potenciais para sua saúde e a saúde de seu bebê.

Dados da investigação identificaram associações significativas entre a ansiedade pré-natal e vários resultados perinatais: parto pré-termo e parto espontâneo pré-termo, baixo peso do bebê no parto, tamanho abaixo da idade gestacional e menor diâmetro craniano. 

Outros estudos (McGuinn et al., 2022) estabeleceram que níveis mais altos de ansiedade específica da gravidez na mãe estão associados a sintomas de ansiedade mais altos na criança. Além disso, foi observada uma associação entre maior produção materna de cortisol durante a gravidez e maiores sintomas de ansiedade na criança.

É ainda evidente a relação entre o transtorno de ansiedade na gravidez com problemas de regulação emocional do bebê, com manifestação em choro excessivo nas primeiras semanas após o parto (Frigerio & Molteni, 2022), ao passo que outros estudos estabelecem uma relação entre ansiedade gestacional e o Transtorno de Hiperatividade e Défice de Atenção na criança até aos 4 anos (Vizzini et al., 2019).

As intervenções mais eficazes para reduzir a ansiedade na gravidez são efetuadas não apenas no decurso da gestação, mas também no período pós-parto.

Relativamente ao tratamento da ansiedade durante a gravidez, trabalho de parto e pós-parto, muitas mulheres rejeitam tomar medicamentos por medo de possíveis efeitos colaterais para o feto ou recém-nascido (Alder et al., 2011). 

Estudos anteriores refletem o alto grau de satisfação das grávidas com terapias não farmacológicas. Vários autores afirmam que as intervenções não farmacológicas podem reduzir e tratar o estresse, a ansiedade e a depressão nessas circunstâncias. Essas intervenções também podem melhorar a adesão ao tratamento e diminuir as taxas de abandono dos tratamentos.

As intervenções terapêuticas com melhores resultados no controlo da ansiedade na gravidez são (Domínguez-Solís et al, 2021), durante a gravidez:

  • Ioga;
  • Terapia musical;
  • Massagens realizadas pelo parceiro
  • Terapia cognitivo-comportamental.

Durante o parto:

  • Aromaterapia;
  • Hidroterapia.

E no pós-parto:

  • Método Canguru;
  • Terapia musical;
  • Massagem.

Os ensinos pré-natais à grávida e ao parceiro também contribuem largamente para reduzir a ansiedade gestacional e prevenir o surgimento de crise de ansiedade na gravidez.

As terapias de base cognitivo-comportamental (Salehi et al., 2016) visam desafiar os pensamentos negativos, as emoções e as ações prejudiciais e empregam diversos métodos de controle da ansiedade, como as técnicas de respiração diafragmática.

De resto, há outras alterações de rotina quotidiana que comprovadamente ajudam na mitigação dos níveis de ansiedade na gravidez e que se podem desenvolver sem riscos para o bebê, exceto se contra indicação médica:

  • Fazer exercício regular, que regra geral é seguro durante a gravidez, mas que deverá ser evitado em gravidez de risco por complicações clínicas ou risco de parto prematuro. Aconselhe-se com o seu especialista de obstetrícia;
  • Ter uma higiene de sono saudável, podendo e devendo realizar atividades de relaxamento ao deitar, usar uma almofada adaptada à condição de grávida, evitar dormir junto de um esposo que ressone;
  • Praticar mindfulness, reduzindo assim as preocupações relacionadas com o parto e ajudando a prevenir a depressão pós-parto;
  • Manter um registo diário escrito acerca das preocupações. Este registo ajuda a refletir sobre as preocupações, mas também sobre as soluções;
  • Agendar as preocupações, reservando um período de tempo para o final do dia em que se dedica às preocupações relacionadas com a gravidez, nomeadamente com aquilo que se tem que fazer. Ter estas tarefas reservadas para aquela altura do dia, evita preocupar-se com elas durante o dia todo;
  • Ioga, massagens e acupuntura, cujos benefícios não se verificam somente na redução da ansiedade durante a gravidez mas também para além dela.

Se procura um calmante natural para ansiedade na gravidez, estão recomendados alguns produtos herbais com eficácia na redução da sintomatologia ansiosa e que não oferecem risco para a saúde da grávida e do bebê:

  • Lavanda;
  • Erva-cidreira;
  • Camomila;
  • Flor-da-paixão (Passiflora incarnata);
  • Kava (Piper methysticum).

Embora muitos dos estudos sobre suplementos de ervas para ansiedade sejam limitados, os resultados são promissores. Você pode encontrar muitos desses suplementos em forma de comprimidos, embora seja usual beber sob forma de chá para ajudar a relaxar.

Na clínica de luxo The Balance, na inconfundível ilha de Maiorca em pleno Mar Mediterrâneo, acede aos tratamentos mais avançados para uma gravidez harmoniosa e em paz. Possuímos o melhor staff de profissionais de saúde mental e as melhores instalações clínicas para os clientes mais exigentes.

Alder, J., Urech, C., Fink, N. et al. Response to Induced Relaxation During Pregnancy: Comparison of Women with High Versus Low Levels of Anxiety. J Clin Psychol Med Settings 18, 13–21 (2011). 

Domínguez-Solís E, Lima-Serrano M, Lima-Rodríguez JS. Non-pharmacological interventions to reduce anxiety in pregnancy, labour and postpartum: A systematic review. Midwifery. 2021 Nov;102:103126. doi: 10.1016/j.midw.2021.103126. Epub 2021 Aug 14. 

Frigerio A, Molteni M. Intensity of Maternal Anxiety and Depressive Symptoms in Pregnancy Is Associated with Infant Emotional Regulation Problems. Int J Environ Res Public Health. 2022 Nov 26;19(23):15761.

Grigoriadis S, Graves L, Peer M, Mamisashvili L, Tomlinson G, Vigod SN, Dennis CL, Steiner M, Brown C, Cheung A, Dawson H, Rector NA, Guenette M, Richter M. Maternal Anxiety During Pregnancy and the Association With Adverse Perinatal Outcomes: Systematic Review and Meta-Analysis. J Clin Psychiatry. 2018 Sep 4;79(5):17r12011. 

McGuinn LA, Tamayo-Ortiz M, Rosa MJ, Harari H, Osorio-Valencia E, Schnaas L, Hernandez-Chavez C, Wright RJ, Klein DN, Téllez-Rojo MM, Wright RO. The influence of maternal anxiety and cortisol during pregnancy on childhood anxiety symptoms. Psychoneuroendocrinology. 2022 May;139:105704.

Salehi, Fariba MSca; Pourasghar, Mehdi MDb; Khalilian, Alireza PhDc; Shahhosseini, Zohreh PhDd. Comparison of group cognitive behavioral therapy and interactive lectures in reducing anxiety during pregnancy: A quasi experimental trial. Medicine 95(43):p e5224, October 2016.

Vizzini L, Popovic M, Zugna D, Vitiello B, Trevisan M, Pizzi C, Rusconi F, Gagliardi L, Merletti F, Richiardi L. Maternal anxiety, depression and sleep disorders before and during pregnancy, and preschool ADHD symptoms in the NINFEA birth cohort study. Epidemiol Psychiatr Sci. 2019 Oct;28(5):521-531. 

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