ESPECIALIZAÇÃO MÉDICA SUÍÇA: ZURIQUE, MAIORCA, LONDRES, NOVA IORQUE

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Clinicamente editado e revisado por THE BALANCE Esquadrão
Fato verificado

A esquizofrenia é uma doença mental debilitante que afeta 1% da população mundial (Schultz et al., 2007) sem distinção casuística entre sexos, embora se manifeste mais tardiamente nas mulheres do que nos homens. 

esquizofrenia paranóide

O núcleo clínico da esquizofrenia consiste numa perturbação da percepção da realidade e resulta em alterações sensoriais, do pensamento, da relação com o próprio, com os outros e com as atividades do quotidiano.

A esquizofrenia é caracterizada por sintomas denominados de positivos e negativos. Ambos os tipos de sintomas afetam não somente os pacientes, como os seus familiares. O tratamento mais eficaz para o tratamento da esquizofrenia é aquele que envolve todos os intervenientes afetados pela doença para além do paciente identificado. 

As intervenções psicossociais e familiares podem produzir benefícios muito significativos. Os fármacos poderão ser úteis no controle dos sintomas, porém é sabido que todos os antipsicóticos possuem efeitos secundários neurológicos e físicos importantes. 

A esquizofrenia paranóide é uma antiga categoria diagnóstica no âmbito das perturbações esquizofrênicas, tendo sido extinta. Tanto assim é que no DSM-V (AAP, 2013), a anteriormente denominada esquizofrenia paranóide deixou de existir enquanto diagnóstico clínico. Ao longo deste texto iremos todavia manter o termo para melhor compreensão e mais fácil distinção dos outros subtipos de esquizofrenias. 

Para que o diagnóstico seja validado clinicamente, é necessário que estejam presentes os sintomas gerais da esquizofrenia, mas não sendo proeminentes os da esquizofrenia catatônica e os da esquizofrenia hebefrênica, sobrando assim como critérios adicionais para um diagnóstico de esquizofrenia paranóide aqueles que revolvem em torno das ideias paranóides.

Quanto aos sintomas gerais da esquizofrenia, estes são, como foi já anteriormente referido, positivos ou negativos. Os sintomas positivos dizem respeito às alterações do comportamento ou dos pensamentos, tais como as alucinações ou os delírios. Os sintomas negativos consistem na separação da pessoa do mundo, perda de interesse nas interações sociais do cotidiano e aparente ausência de emoções.

A sintomatologia específica da esquizofrenia paranóide (Torgersen, 2012) encontra-se compartimentada em três categorias, que podemos designar como tipos de esquizofrenia paranóide, e que o autor clarifica:

  1. Alucinações bizarras

As alucinações bizarras são conteúdos alucinatórios a respeito de coisas extraterrenas, extraterrestres ou de esferas indefinidas do poder terreno (exs. “o governo”, “eles”, “o presidente”). São inúmeros os exemplos possíveis de alucinações bizarras, mas o núcleo consistente destas é a referência a seres externos ao indivíduo, que por eles é controlado. 

Outro conteúdo alucinatório nesta categoria tem que ver com o facto de os pensamentos poderem exercer controlo sobre terceiros ou podermos nós próprios termos o nosso pensamento controlado, sendo igualmente possível também ler pensamentos ou roubar pensamentos. 

Este tipo de conteúdo alucinatório pode levar o paciente a vedar sua habitação, cobrir as janelas, colocar objetos nas portas para impedir a entrada e remover objetos que acredita poderem conter dispositivos de vigilância, como microfones ou câmeras. 

É prudente considerar que certas bizarrias poderão acontecer num determinado contexto cultural e deste serem próprias. É igualmente prudente distinguir o conteúdo alucinatório bizarro daquele que se observa em pessoas portadoras de transtorno de personalidade esquizotípica. 

Assim, é necessário aferir qual o grau de controlo percebido pelo paciente que tais alucinações têm sobre si, o modo como estas são invasivas na prossecução das suas rotinas diárias e o quanto estão enraizadas no seu funcionamento.

  1. Alucinações não bizarras conversacionais

No caso de não se verificar a ocorrência de alucinações bizarras, deverá ser aferida a existência de outros tipos de conteúdo alucinatório. 

Podem ser estes de conteúdo grandioso (crença na posse de habilidades excepcionais, riqueza ou importância), persecutório (a crença de que se é perseguido por uma pessoa ou um grupo de pessoas), de ciúme (acreditar fortemente que se é traído pelo parceiro, que este tem múltiplos relacionamentos extraconjugais) e outros tipos. 

Embora estes tipos de sintomas sejam característicos da psicose paranóide, o critério de diagnóstico da esquizofrenia paranóide é tão-somente o facto de que com estes sintomas acontecem concomitantemente a alucinações auditivas – vozes na cabeça conversando ou a comentar o que o paciente está a fazer. 

É necessário equacionar ainda a possibilidade do diagnóstico diferencial de perturbação da personalidade paranóide, sendo que, mais uma vez, o critério que distingue desta a esquizofrenia paranóide é a alta improbabilidade do conteúdo delirante.

  1. Alucinações não bizarras de outros tipos

No caso de as alucinações não serem de teor bizarro e não acompanhadas de vozes e outras alucinações auditivas, deverão ser procurados outros comportamentos, designadamente ideias levemente paranóides, pensamento mágico e outros conteúdos do pensamento estranhos ou invulgares.

Antes de mais é necessário considerar que a esquizofrenia é uma doença que acarreta um elevado risco de mortalidade para os pacientes, pelo que certos sinais de alarme não deverão ser subvalorizados. É sabido que a esquizofrenia envolve um risco acrescido de suicídio (Sher & Kahn, 2019) sendo este o principal fator de diminuição da esperança de vida de portadores de esquizofrenia.

No caso de o paciente recusar tratamento e colocar-se a si próprio ou a terceiros em risco, é possível em muitos países requerer a sua avaliação psiquiátrica com caráter obrigatório (ou compulsivo), bem como o seu internamento. O internamento compulsivo carece normalmente de um despacho judicial nesse sentido. 

É importante sublinhar que a esquizofrenia não é tipicamente violenta, embora possam acontecer comportamentos de heteroagressividade. A sujeição a tratamentos diminui significativamente a ocorrência de comportamentos violentos por parte dos pacientes. 

Tratamentos para a paranoia

Os tratamentos mais indicados para o tratamento da esquizofrenia paranóide são multiformes e combinam diversas abordagens. Essas abordagens poderão ser de teor psicoterapêutico e médico. 

Sucede que no caso deste subtipo de esquizofrenia em particular, o tratamento do conteúdo paranóide é o principal mecanismo de acesso do paciente a rotinas de vida normativas e de progressiva reintegração social. 

Uma vez que a persistência dos conteúdos paranóides resulta do paciente confiar nestes em absoluto, um dos processos terapêuticos cognitivo-comportamentais com bons resultados (Asensio-Aguerri et al., 2023) é aquele que visa instalar a dúvida no paciente relativamente à fiabilidade dos seus conteúdos alucinatórios.

A redução das convicções paranóides implica acompanhamento continuado em regime de consulta externa ou mesmo de internamento residencial e baseia-se (Follin et al., 2003) na combinação de psicoeducação, treinos de relaxamento e reestruturação cognitiva, de modo a instigar os pacientes a reavaliar as suas certezas e procurarem explicações alternativas para as suas ideias delirantes.

Por outro lado, o papel do terapeuta é o de partir numa viagem de descoberta às crenças dos pacientes, compreendendo as suas origens e sustentação que as tornam válidas. Esta exploração é realizada num registo colaborativo em que o paciente sinta que as suas percepções são levadas a sério (Freeman & Garety, 2006).

Os cuidados psicossociais em contexto residencial com caráter temporário podem ser muito benéficos (NAMI, web; Carroll, 2009) não apenas para a recuperação de uma agudização clínica, como também para melhoria de sintomas do paciente e para proporcionar descanso aos cuidadores. 

Neste tipo de enquadramento, oferecem-se serviços de avaliação física e psiquiátrica, formação e treinamento em competências da vida diária, atividades sociais, aconselhamento, planeamento de tratamento e ligação a outros serviços de acompanhamento posterior. 

Este tipo de serviços residenciais são adequados também no contexto pós-hospitalar, nos casos em que os pacientes necessitem de fazer uma transição depois da fase aguda passada num internamento hospitalar e antes de retomarem as suas rotinas habituais.

A clínica de luxo para a saúde mental The Balance proporciona os tratamentos mais diferenciados para o seu familiar com esquizofrenia paranóide. Na idílica ilha de Maiorca, Espanha, a clínica The Balance situa-se numa envolvência luxuosa que permite o acesso aos tratamentos com os melhores profissionais de saúde mental e às abordagens terapêuticas mais diferenciadas para os clientes mais exigentes.

Associação Americana de Psiquiatria (AAP). 2013. Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5ª ed.). https://doi.org/10.1176/appi.books.9780890425596.

Asensio-Aguerri L, Beato-Fernández L, Stavraki M, Rodríguez-Cano T, Bajo M, Díaz D. Paranoid Thinking and Wellbeing. The Role of Doubt in Pharmacological and Metacognitive Therapies. Frontiers in Psychology, Vol. 10, 2013.

Carroll, A. (2009). Are you looking at me? Understanding and managing paranoid personality disorder. Advances in Psychiatric Treatment, 15(1), 40-48. 

Freeman D, Garety P (2006). Helping patients with paranoid and suspicious thoughts: A cognitive–behavioural approach. Advances in Psychiatric Treatment, 12(6), 404-415. 

Follin A K, Michelle G C, Rochelle M R. Anxiety-based cognitive-behavioral therapy for paranoid beliefs. Behavior Therapy, Volume 34, Edição 1, 2003, págs. 97-115.

NAMI. Getting Treatment During a Crisis. Disponível em: https://www.nami.org. Acedido em abril de 2023.

Schultz SH, North SW, Shields CG. Schizophrenia: a review. Am Fam Physician. 2007 Jun 15;75(12):1821-9.

Sher L, Kahn RS. Suicide in Schizophrenia: An Educational Overview. Medicina (Kaunas). 2019 Jul 10;55(7):361.

Torgersen S. Paranoid schizofreni, paranóide psykoser og personlighetsforstyrrelser. Tidsskriftet den Norske Laegeforening. 2012 Apr 17;132(7):851-2. 

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